A análise de solo é um processo fundamental para a agricultura. Disso depende o desenvolvimento das culturas e o sucesso da safra. Quando uma análise não feita, os resultados obtidos nas lavouras são diretamente comprometidos.
Existem diversas técnicas que podem auxiliar nessa análise. Há, inclusive, muitas tecnologias de análise de solo que facilitam ainda mais esses processos. Neste artigo, conheceremos mais profundamente a análise de solo, os tipos de análise, como fazer e alguns cuidados que devem ser tomados.
Boa leitura!
O que é análise de solo?
Análise de solo é um processo que visa diagnosticar o estado atual do solo, levantando informações relevantes que serão úteis ao produtor rural na tomada de decisão mais assertiva com relação à lavoura.
Falar de análise de solo, portanto, é falar do crescimento da lavoura, especialmente no que diz respeito a atitudes que podem ser executadas para melhora da qualidade do processo de plantio. Essas atitudes só são identificadas quando há o embasamento de dados e informações gerados pela análise.
Tipos da análise de solo
Existem diversos tipos de análise de solo que podem ser executadas em uma lavoura: a mais comuns são a análise física e a análise química, embora também exista a análise biológica. A primeira busca levantar as informações de nutrientes disponíveis no solo.
Essa informação é essencial, por exemplo, para conseguir destinar corretamente o uso de algum produto de nutrição para o solo.
Por outro lado, a análise física permite identificar, entre outros fatores, a quantidade de areia, silte e argila no solo. Essa informação também ajuda a destinar assertivamente o uso de produtos de nutrição, bem como de fertilizantes.
Como fazer análise de solo
Para fazer uma análise de solo eficiente, os produtores rurais costumam seguir um passo a passo simples, mas muito bem estabelecido. Confira-o a seguir:
- Definição da área a ser analisada;
- Coleta de amostragem;
- Envio para o laboratório;
- Espera do resultado;
- Interpretação dos resultados.
Nesse processo de análise, alguns dados devem ser levantados e receber uma atenção especial. São eles:
- relação Cálcio/Magnésio;
- tamanho de partículas (argila, silte e areia);
- CTC ou T;
- saturação por bases (V%);
- saturação por alumínio (m%);
- acidez do solo (pH);
- matriz orgânica do solo;
- carbono;
- teores nutricionais de NPK e outros macro e micronutrientes.
Cuidados da análise de solo
A análise de solo, no entanto, não deve ser feita sem critérios, muito pelo contrário. Alguns cuidados precisam integrar a perspectiva do agricultor, de modo que os processos de análise e interpretação obtenham sucesso.
Somente na observância desses cuidados é que os dados levantados serão realmente seguros. Caso contrário, a informação obtida poderá ser parcial e incompleta, induzindo o erro.
Confira, a seguir, alguns dos cuidados essenciais para fazer a análise:
Momento certo
O primeiro grande cuidado ao executar uma análise está na identificação do momento certo para levantar e interpretar os dados. Isso fica claro, por exemplo, quando uma análise é desenvolvida quando o plantio já aconteceu. Ora, nesse contexto já não fará sentindo nenhum realizar uma análise.
A análise de solo existe, sobretudo, para ajudar a tomar decisões mais assertivas no período da pré-lavoura. Portanto, é especialmente nesse período que as análises devem ser desenvolvidas.
O momento certo para a análise, objetivamente falando, é na entressafra.
Amostragem ideal
Um segundo e elementar cuidado que deve ser tomado na análise de solo é a garantia que a amostra coletada seja suficiente para uma análise efetiva. Nesse sentido, o primeiro ponto de atenção reside no fato de compreender que as propriedades não são homogêneas no solo.
Isso significa, na prática, que uma única amostra não será suficiente para refletir a realidade de toda uma localidade. A amostragem ideal, portanto, não existe. O que existem são diversas amostras coletadas em diversas áreas da localidade.
Escolha do laboratório
Um terceiro ponto de cuidado na análise de solo está justamente na eleição do laboratório que fará as análises. O velho ditado “o barato que sai caro” se aplica muito bem aqui. Nem sempre aquele laboratório mais em conta representará a melhor opção.
O laboratório pode causar, por exemplo, uma afetação nos resultados obtidos. Nesse sentido, a Embrapa reúne uma série de laboratórios capacitados para a realização dessas análises.
Contar com o apoio de um laboratório presente na lista oficial da Embrapa é um bom começo, mas não deve ser o único critério de escolha. Consulte, também, avaliações online e a opinião de outros colegas agricultores.
Análise física
Embora colher amostras e enviá-las para análise em um laboratório seja essencial, a análise física não deve ser desprezada. Essa análise consiste justamente em avaliar, a olho nu, o estado do solo.
Faça comparação entre uma localidade e outra, identifique mudanças, busque responder o porquê dessa mudança. Não deixe de executar a análise laboratorial, mas dedique tempo para avaliar fisicamente as localidades da sua plantação.
Profundidade da amostragem
A profundidade da amostra colhida determina o sucesso ou não das análises laboratoriais desenvolvidas.
Em contrapartida, amostras muito profundas, pode gerar uma análise desconexa com a realidade que as plantas irão interagir durante e após o plantio. Confira, a seguir, a amostragem ideal das amostras para análise:
Frequência de análise
Por fim, um último cuidado que a análise de solo deve considerar é a frequência com que essa análise é desenvolvida. Não é preciso, obviamente, executar uma análise para todo novo plantio. Não existem indicativos de mudanças no solo que justifiquem essa frequência.
Em contrapartida, espaçar demais as análises também pode causar problemas. A recomendação dos especialistas é que a análise de solo seja realizada anualmente em solos onde há cultura anual.
Como fazer a interpretação de análise de solo?
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