Sustentabilidade na agricultura: o que é e exemplos

Se você é uma pessoa que se preocupa com o meio ambiente, a sustentabilidade na agricultura é um assunto que não pode ser ignorado. 

O que muita gente não sabe é que a agricultura pode ser praticada de forma sustentável, respeitando o meio ambiente e garantindo a qualidade de vida das gerações futuras. Quer saber como? 

Neste artigo, além de explicar o conceito amplo da sustentabilidade na agricultura, mostramos como as práticas sustentáveis podem aumentar a produtividade da terra, do trabalho e do capital. 

E não é só isso! Você também vai conferir exemplos incríveis de práticas sustentáveis, como o uso de pesticidas naturais e o reaproveitamento de materiais. Leia agora e descubra como fazer parte da solução para um futuro mais sustentável.

O que é a sustentabilidade na agricultura?

A sustentabilidade na agricultura é um conceito amplo, que engloba diversos aspectos, tendo como base o respeito ao meio ambiente, a colaboração com a justiça social e a viabilidade econômica para todo o ecossistema

Para ser considerada sustentável, a agricultura deve atender às necessidades de produção das gerações futuras e promover a qualidade de vida.

As tecnologias sustentáveis na agricultura são fundamentais para o crescimento exponencial da produção agrícola, e tiveram um grande avanço após a Segunda Guerra Mundial. 

Fatores como maior produtividade por unidade de terra e intensificação dos cultivos permitiram que a produção agrícola acompanhasse o aumento da população mundial. 

Qual a importância da sustentabilidade na agricultura?

“No Brasil, a produção agrícola aumentou em 386% nos últimos 40 anos, enquanto a área ocupada pelo setor subiu apenas 33%, o que significa que o país produziu mais sem aumentar proporcionalmente a área plantada” (TARVOS, 2022).

O desenvolvimento tecnológico tem sido essencial para que as agriculturas brasileira e mundial atinjam esses índices de produtividade. 

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) destaca que a agricultura sustentável no Brasil é o principal indicador para produtividade, com uma média de produção de três vezes mais grãos por hectare do que em 1975. 

Com o apoio da ciência, insumos modernos, maquinaria e políticas agrícolas adequadas, a agricultura se moderniza, aumenta significativamente a produtividade da terra, do trabalho e do capital.

Exemplos de sustentabilidade na agricultura

O desenvolvimento da agricultura ocorre em condições diferenciadas, levando ao surgimento de múltiplos sistemas produtivos. 

Para alcançar a sustentabilidade nas atividades agrícolas, é necessário cumprir simultaneamente três objetivos gerais, que são: ambiente saudável de produção, obtenção de lucro econômico e equidade social e econômica. 

Qualquer tomada de decisão deve focar na conservação e manutenção dos recursos naturais, como a água, o solo, o ar e o bem-estar das comunidades rurais.

Entre as práticas agrícolas consideradas conservacionistas, o sistema de plantio direto (SPD) e a rotação de culturas são exemplos que melhoram a qualidade do solo, reduzem a erosão e aumentam a atividade biológica. 

A rotação de culturas contribui para a melhoria e manutenção da fertilidade do solo, diversifica a flora de daninhas e minimiza os riscos de insucesso na atividade agrícola. A manutenção da biodiversidade também é importante para a estabilidade da produção.

A escolha e os cuidados na utilização dos fertilizantes também representam um fator essencial na preservação dos recursos naturais. Fertilizantes minerais podem ter um impacto ambiental negativo, e a utilização de fertilizantes orgânicos ou organominerais pode beneficiar a biota do solo e favorecer a mineralização do nitrogênio. 

A adubação com orgânicos ou organominerais ainda apresenta outra vantagem: a utilização de subprodutos, inserindo essa indústria no importante conceito de economia circular.

Em relação à preservação da atmosfera e à liberação de gases de efeito estufa (GEE), o manejo apropriado da biosfera terrestre, particularmente do solo, pode resultar em significativa redução, contribuindo para o desenvolvimento sustentável das culturas.

A seguir, destacamos alguns dos exemplos de sustentabilidade na agricultura:

Uso de pesticidas naturais

O uso de pesticidas naturais é um exemplo de sustentabilidade na agricultura. 

Os biopesticidas são defensivos derivados de matérias naturais, como bactérias, fungos e vírus, que oferecem baixa toxicidade e são capazes de eliminar pragas naturalmente. 

Esses produtos são considerados mais saudáveis para o meio ambiente e para os consumidores dos alimentos, pois evitam a contaminação do solo e da água. Além disso, a utilização de biopesticidas pode ser uma alternativa vantajosa para reduzir a utilização de pesticidas químicos, contribuindo para a sustentabilidade do agronegócio.

No Brasil, o uso de biopesticidas tem crescido significativamente nos últimos anos, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Reaproveitamento de materiais

O reaproveitamento de materiais é uma prática importante para a sustentabilidade, pois permite dar nova vida a objetos e resíduos que poderiam se tornar poluentes para o meio ambiente. 

Na agricultura, o reaproveitamento de materiais pode ser feito através da reciclagem agrícola, que consiste no reaproveitamento dos resíduos e subprodutos da atividade agrícola, como folhas, galhos, restos de culturas, entre outros, para a fertilização do solo.

Dessa forma, o agricultor pode reduzir os custos com fertilizantes químicos e ainda diminuir a quantidade de resíduos gerados pela atividade agrícola. Além disso, a reciclagem agrícola pode melhorar a qualidade do solo, aumentar a capacidade de retenção de água e de nutrientes, e diminuir a erosão do solo.

Outra forma de reaproveitamento de materiais na agricultura é o uso de técnicas como a compostagem, sendo o processo de decomposição da matéria orgânica em condições controladas, gerando um adubo natural rico em nutrientes para a fertilização do solo. 

O uso de compostagem pode ajudar a reduzir a quantidade de resíduos orgânicos que seriam descartados e também diminuir a necessidade de fertilizantes químicos.

Alternação de cultura

A alternação de culturas é uma prática agrícola importante para a sustentabilidade no campo. Ao trocar as culturas a cada plantio, o solo tem a oportunidade de se recuperar, recebendo diferentes nutrientes e evitando a exaustão do solo. Além disso, a rotação de culturas pode ajudar a controlar a proliferação de pragas e doenças, reduzindo a necessidade de pesticidas e agrotóxicos.

A utilização de plantas de cobertura é um dos principais benefícios da alternância de culturas. Essas plantas são cultivadas para proteger o solo durante a entressafra, evitando a erosão e a perda de nutrientes. As plantas de cobertura também podem fixar nitrogênio no solo, reduzindo a necessidade de adubos químicos e aumentando a fertilidade.

A prática da rotação de culturas pode trazer diversos benefícios para os agricultores, como a redução dos custos com fertilizantes e insumos, além de diminuir o risco de perdas na produção. Além disso, essa técnica pode melhorar a qualidade dos alimentos produzidos e aumentar a resiliência do sistema agrícola como um todo.

Por fim, a alternação de culturas é uma prática fundamental para a sustentabilidade na agricultura. Ao adotar essa técnica, os agricultores podem garantir a produtividade de suas lavouras sem comprometer a saúde do solo e do meio ambiente, contribuindo para a preservação da biodiversidade e para a segurança alimentar da população.

Diagnóstico de solo

O diagnóstico de solo é uma importante ferramenta para a agricultura sustentável, pois permite ao produtor identificar as condições do solo e tomar decisões mais precisas sobre a aplicação de insumos e preparo do solo. 

Uma solução com tecnologia de ponta que oferece o diagnóstico completo e eficiente do solo, é o SoilXplorer.

Consiste em um serviço integrado de hardware (sensor) e software de processamento de dados que permite a coleta de mais de 10 mil dados por hectare em até 1,5 metros de profundidade. 

Com isso, é possível gerar mapas de manejo de solo que permitem a aplicação de insumos a taxa variável por zona de manejo e o preparo de solo a profundidade variável, garantindo maior eficiência, produtividade e sustentabilidade ao cultivo.

Quer saber mais sobre essa solução e como utilizá-la em seu plantio?