O aumento dos insumos agrícolas para 2023 é uma certeza. Neste artigo, investigamos as razões e as alternativas para superar.
No contexto agrícola, é fundamental manter-se atualizado das tendências do setor, sobretudo a partir do cenário econômico nacional e internacional, com impacto direto no preço de compra dos insumos e, consequentemente, na venda dos produtos agrícolas.
Neste artigo, analisaremos as informações divulgadas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), de modo a compreender as perspectivas do setor para o ano de 2023.
Boa leitura!
Impactos do cenário econômico nos custos agrícolas
A CNA defende que 2023 é um ano de muitas incertezas. O controle de despesas públicas e as questões fiscais devem impactar diretamente nas tributações envolvendo a agricultura.
Taxa Selic elevada
Entre as questões mais preocupantes, destaca-se a taxa Selic que deve se manter elevada neste ano. Esse fator resultará em um custo maior para crédito no consumo, custeio e investimento agrícolas. Logo, ao invés de buscar soluções financeiras de bancos estatais, o crédito privado será uma opção mais recomendada para produtores que precisam de financiamento para as safras.
PEC da Transição e teto de gastos
Aprovada no final do ano passado, a PEC de Transição tende a aumentar o endividamento do governo, o que fará com que a inflação também cresça e os juros passem por crescimentos ainda maiores. A flexibilização do teto de gastos também preocupa o mercado e pode favorecer um cenário econômico mais instável.
Recessão americana e cenário mundial
Mas não são apenas as instabilidades nacionais que geram preocupação. Internacionalmente, a economia também passa por um momento delicado. Especialistas já apontam que os EUA devem enfrentar uma recessão em 2023. Nesse caso, a maior economia mundial impactará os setores como um todo, mas especialmente a exportação agrícola.
Além disso, outros parceiros comerciais do Brasil também apresentam tendência de queda no crescimento. Entre esses parceiros estão a China e a própria União Europeia.
Crescimento do agronegócio em 2023
Apesar de todos os sinais contrários, ainda assim o agronegócio pode crescer em 2023. Isso já aconteceu em 2020, quando toda a economia mundial foi arrasada por conta dos impactos da pandemia da COVID-19.
Segundo a CNA, a agricultura brasileira pode manter-se estável em 2023 ou passar por um crescimento de até 2,5% do PIB agrícola. Os resultados só não serão melhores por conta da elevação dos custos de produção e a queda nos preços internacionais das commodities da agricultura.
O Valor Bruto da Produção (VBP) deve crescer 1,1% com relação ao ano anterior, o que significa um crescimento inferior ao esperado.
O balanço do agronegócio em 2022
De janeiro a setembro de 2022, o setor agrícola acumulou uma queda de 4,28%. Por conta desse resultado negativo, 2023 aparece como um ano de esperança para a agricultura, já que é previsto, como já mencionamos, um leve crescimento.
O resultado final do ano de 2022 deve ser uma queda de 4,1%. Esse número, no entanto, ainda deve ser confirmado pelos especialistas. Entre as razões que levaram a essa queda estão a elevação dos custos com insumos e dos preços dos defensivos e fertilizantes.
Algumas produções importantes também experimentaram reduções expressivas, como nos casos da soja e da cana-de-açúcar. Quando olhamos na perspectiva do Valor Bruto da Produção, 2022 alcançou R$ 1,3 trilhão, com um crescimento de 2,2% com relação ao ano anterior.
Aumento dos insumos agrícolas para 2023
Em 2023, deverá ocorrer uma forte alta nos custos dos insumos do setor agrícola. Isso deve ocorrer por conta da elevação dos preços dos defensivos e fertilizantes, que só em 2022 apresentaram um crescimento que superou os 100%.
Em contrapartida, há uma expectativa por um crescimento na produtividade. Só na safra de grãos espera-se um aumento de 15,5% em relação à 2021/2022, chegando a 313 milhões de toneladas.
Um dos fatores de impacto positivo na produtividade é a oleaginosa, beneficiada pelas condições climáticas. Ao todo, a produção deve totalizar 153,5 milhões de toneladas, segundo a CNA.
Como promover economia em propriedades agrícolas
Para combater a alta dos insumos agrícolas, será preciso promover a economia em outras áreas. Entre essas áreas, vale a pena destacar a economia de sementes de soja e milho. Isso pode ser executado por meio do XActPlanting, uma solução do AGXTEND que promove o plantio inteligente, com uma distribuição de sementes que evita falhas e sobreposição.
O SoilXplorer é uma solução que possibilita a aplicação otimizada de insumos, economia, eficiência, maior produtividade e sustentabilidade por meio de levantamento do solo. Essa solução produz diagnóstico de alta precisão, permitindo a gestão mais eficiente da propriedade, para que os insumos sejam aplicados nos lugares corretos e nas quantidades adequadas, impactando positivamente a economia.
Conclusão
Neste artigo, baseado nas perspectivas da CNA, mostramos quais são os impactos do cenário econômico no custo agrícola. A taxa Selic elevada, a PEC da Transição, a superação do teto de gastos, a recessão americana e o contexto econômico mundial são alguns dos acontecimentos que impactarão negativamente a agricultura em 2023.
Apesar disso, no entanto, o agronegócio deve passar por um crescimento de até 2,5% do PIB agrícola. Em 2022, em contrapartida, houve queda de 4,1%.
Em 2023 os insumos devem encarecer e, por isso, será preciso buscar economia em outras áreas, com uma melhor distribuição de sementes que evita falhas e sobreposição e um melhor diagnóstico completo do solo.
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